quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ferry-boat abandonado na Base Naval de Aratu.






A Procuradoria Geral do Estado (PGE) não vai permitir que os ferries "Gal Costa" e "Mont Serrat" sejam leiloados ou vendidos no ferro velho enquanto as secretarias de Administração (Saeb) e Infraestrutura (Seinfra) do Estado não apontarem os responsáveis pelo sucateamento e depenação das embarcações, segundo informou uma fonte seguríssima ao JORNAL DA MÍDIA.

Os dois navios estão "escondidos" na Marina de Aratu com pagamento mensal de aluguel de R$ 10 mil pela Agerba (Agência de Regulação da Bahia).

O mais incrível é que a atual gestão da Agerba não sabe onde foram parar as peças e equipamentos retirados. Não sabe porque não quer saber. É incrível também como a grande mídia ''não consegue'' ter acesso ao local onde os navios apodreceram. É tão fácil...basta alugar uma catraia que se chega lá, a partir de Aratu.

Segundo matéria de página publicada no dia 8 de fevereiro pelo jornal A Tarde, parte das peças e equipamentos foi subtraída pela empresa TWB, gestora atual do sistema ferry boat. A concessionária chegou à Bahia em 2005, no governo de Paulo, e encontrou os ferries na Marina de Aratu.

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) considera irregular a retirada dos itens, pois as embarcações não estão incluídas no contrato de concessão do governo do Estado à empresa que administra o sistema de travessia Salvador-Itaparica.

A promotora de justiça Rita Tourinho, coordenadora do Grupo Especial da Moralidade Administrativa, disse que a TWB não podia retirar peças do Mont Serrat porque a embarcação pertence ao Estado e não foi cedida à empresa no contrato de concessão pública número 06/06, celebrado em março de 2006, no governo Paulo Souto.

Quando questionado sobre como as peças sumiram, já que os ferries estavam guardados dentro da Marina Aratu, o proprietário da marina, Antônio Barreto Dória, revelou que as peças do Mont Serrat foram retiradas por funcionários da TWB. “A TWB parava outro ferry do lado do Mont Serrat e levava as peças”, disse Dória em entrevista a A Tarde.

Laudos da empresa de engenharia Luiz Mattos, de código OV068R01 e OV068R02, atestam que quase todas as peças e equipamentos foram retirados. Motores, bombas, compressores, válvulas, sistema de iluminação, balsas flutuantes, boias e vários outros itens sumiram, segundo documento assinado pelos engenheiros navais Leonardo Trindade Oliveira e Fernando Boccolini Filho, da empresa de engenharia naval.

O ferry ''Gal Costa'' foi comprado pelo Estado por 83,9 milhões de cruzeiros (cerca de US$ 7 milhões), em 1978, junto ao extinto Estaleiro Só, no Rio Grande do Sul. No dia de sua incorporação à frota da extinta Companhia de Navegação Bahia, o então governador Antonio Carlos Magalhães promoveu uma festa na sede da CNB, no Comércio, com a presença da cantora. ACM morreu sem saber que o navio tinha apodrecido durante a gestão do seu então pupilo Paulo Souto. Gal Costa não sabe ainda como será o triste fim do navio que leva o seu nome.

O Mont Serrat foi adquirido quatro anos antes, no mesmo estaleiro, mas o Estado não localizou o valor da transação à época. Mas não deve ter custado mais que US$ 7 milhões (cerca de R$ 13 milhões), pois tinha as mesmas característica do "Gal Costa".

Segundo a mesma fonte informou ao JORNAL DA MÍDIA, nem a Saeb nem a Seinfra tomaram qualquer providência para abrir sindicância visando apurar como os navios foram depenados. Diante disso, a PGE não dará qualquer parecer favorável à venda das embarcações como ferro velho.

Segundo avaliação da empresa de engenharia Luiz Mattos, os dois ferries, que juntos custaram cerca de 16 milhões de dólares, não valem mais que R$ 141 mil.

É mais uma prova evidente de como o dinheiro público acaba no lixo, sem que haja qualquer preocupação do governo do Estado. O que é mais estranho é o silêncio da Secretaria de Administração do Estado (Saeb), da Seinfra e Agerba (órgão "fiscalizador") em relação à depenação do patrimônio público. Nunca esses órgãos se pronunciaram sobre o assunto e muito menos a concessionária TWB.

Em vez de investigar a gravíssima situação, a Seinfra está empenhada em continuar favorecendo à TWB, com a compra de mais seis motores para os ferries operados pela concessionária.

Quer dizer: a TWB explora os navios, fatura alto, não paga absolutamente nada ao Estado pelo aluguel e ainda recebe injeção de recursos do governo do Estado para "se manter".

Isto para não se falar no dinheirão que a concessionária vai receber como "contrapartida" do Estado para adquirir mais um navio tipo o "Ivete Sangalo". A Seinfra do secretário Wilson Brito, tido com um péssimo "tapador de buraco", sequer sabe qual é o valor real do novo ferry boat.

O navio será construído pela própria TWB, que nunca apresentou à Agerba a fatura do ferry "Ivete Sangalo" para que os técnicos da agência pudessem calcular o valor da "contrapartida" (doação) do Estado à concessionária.

A TWB se limitou a informar extraoficialmente que gastou a bagatela de R$ 35 milhões no ''Ivete Sangalo'' e o novo ferry que ela está construindo terá o mesmo valor. Ou seja: três vezes mais o valor pago pelo governo por cada um dos demais ferries.

Não existe também por parte do Governo da Bahia a preocupação de fazer uma avaliação no mercado de construção naval ou através de uma consultoria especializada para se chegar a um preço real da nova embarcação.

Mesmo assim, o valor da "contrapartida" vai ser liberado a qualquer momento. Fala-se em R$ 9 milhões ou até R$ 13 milhões.

É a "mamãe governo" oferecendo mais uma vez as tetas para a TWB, que tem uma poderosíssima madrinha no governo Wagner.

Salvador - A concessionária TWB, operadora do sistema ferryboat, está envolvida em mais um escândalo. Segundo matéria de página publicada nesta segunda-feira (8) pelo jornal A Tarde, a empresa "depenou" dois ferries que estão ancorados na Marina de Aratu.

Os dois navios pertencem ao Estado e não são parte do contrato de concessão assinado pela TWB com o Estado, em 2006. A matéria de A Tarde informa que as embarcações serão leiloadas como sucatas.

"Após serem depenados e sucateados, os dois ferries foram avaliados em R$ 141 mil, pela empresa de engenharia naval Luiz Mattos e Engenheiros Associados, contratada pela agência reguladora do transporte no Estado (Agerba). Cerca de 35 anos depois de serem comprados pelo Estado por milhões, as embarcações têm hoje seus preços calculados pelo valor do aço



http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=2&ved=0CBoQtwIwAQ&url=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DWQBA9h_kar0&ei=EGbRTKblOcO78gaMs4DXDA&usg=AFQjCNGME9yMw-ee3jtcFisdys3fn05Bvw&sig2=079poirsJ0Wt9Bl3F2Vjxw

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