quinta-feira, 23 de julho de 2009

Alice propõe criação de Frente Parlamentar em defesa do bibliotecário


Alice propõe criação de Frente Parlamentar em defesa do bibliotecário
13 / 07 / 2009 - 11h10min
Audiência foi solicitada pela deputada Alice Portugal
Uma biblioteca na escola, um bibliotecário! Esta será uma das metas da Frente Parlamentar em Defesa dos Bibliotecários que será lançada, possivelmente, em outubro. A ideia foi apresentada pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), durante audiência pública na Comissão de Educação e Cultura, nesta quinta-feira (9), e apoiada pelos parlamentares presentes.
Alice, que propôs o debate, afirmou que a indicação de criar a Frente tem por objetivo o fortalecimento profissional do bibliotecário e a reavivação das bibliotecas escolares que, em muitos municípios, estão abandonadas. A Frente, segundo Alice, incentivará os parlamentares a apresentarem emendas individuais e coletivas para a criação de bibliotecas nas escolas.
A parlamentar citou também o fortalecimento do livro didático e a transformação das bibliotecas em um espaço vivo. Dessa forma, a deputada entende que elas serão transformadas em mecanismos propulsores do conhecimento na educação brasileira.
Realidade Para a presidente do conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Arlindo Rodrigues, as palavras de Alice foram direto ao cerne da questão. A dirigente explica que a biblioteca escolar é um espaço basilar para a formação do cidadão. Ela acredita que a biblioteca escolar tem um papel fundamental na formação dos cidadãos conscientes.
A Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da Bahia, a bibliotecária Lucimar Oliveira da Silva, falou sobre a sua experiência como profissional da rede pública de ensino. Para ela, os bibliotecários vivenciam uma situação muito difícil em Salvador.
Segundo Lucimar, na capital baiana existem 417 unidades de ensino, com 70 salas leituras e 120 bibliotecas, sendo que trabalham somente 15 profissionais bibliotecários na rede municipal.
A dirigente diz que infelizmente a realidade desses espaços é péssima. Muitas vezes eles servem como depósito, não sendo reconhecida como um instrumento pedagógico e sim como um apêndice qualquer da escola. De acordo com ela, um agravante maior é que os poucos profissionais que atuam nas escolas estão exercendo outras funções.
A deputada comunista acha que "o Programa Nacional Biblioteca da Escola, criado em 1997, vem se modificando e se adequando à realidade e às necessidades educacionais com recursos do Orçamento Geral da União e do salário-educação. Contudo, é inegável que o programa não vem alcançando os resultados esperados", afirma Alice.
Entre as debatedoras, estiveram presentes as presidentes do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Arlindo Rodrigues; e do Conselho Regional de Biblioteconomia da Bahia, Lucimar Oliveira Silva; bem como a representante do Conselho Regional de Biblioteconomia de Minas Gerais, Lúcia Freitas. Também compareceu a coordenadora de Contratos e Convênios do Livro Didático (FNDE), Alzeni França Millions; e o diretor da Secretaria de Educação Básica (MEC), Marcelo Soares.
Fonte: Site da Deputada Alice Portugal

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