domingo, 28 de fevereiro de 2010
José Mindlin - morre
José Mindlin, um dos mais importantes bibliófilos brasileiros, morreu na manhã de hoje, aos 95 anos. Colecionador de livros desde os 13 anos, ele doou seu acerto para a USP (Universidade de São Paulo) em 2006, dando origem à Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.
Mindlin começou sua biblioteca aos 13 anos
Morre aos 95 o bibliófilo José Mindlin
Veja imagens do bibliófilo José Mindlin
Veja a repercussão da morte de Mindlin:
"José Mindlin foi um gigante da cultura brasileira. Como todo grande homem, deixa um grande legado, que é a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, o resultado de uma vida dedicada aos livros, que por sua generosidade hoje é um patrimônio de todos os brasileiros."
Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo
"Mindlin era um emblema do livro, tinha com ele uma relação orgânica. Lembro com saudade o dia em que estivemos juntos, com Evanildo Bechara, na inauguração do Museu da Língua, em São Paulo, e eu lhe fiz o convite para ingressar na Academia. Vamos sentir muito a sua falta."
Marcos Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras
"O exemplo de vida que ele deixou é que além de ter sido um grande profissional na sua área, era voltado também para as coisas do espírito. As pessoas que o conheciam o tem como exemplo. As coisas da alma permanecem eternas, o exemplo dele como bibliófilo e amante dos livros ficará."
Júlio Medaglia, maestro
"Era um homem exemplar, um empresário líder, bibliófilo líder. Tudo o que ele fez foi perfeito. O brasil perde um grande modelo. Como empresário, esteve sempre na fronteira da tecnologia, estimulou o Senai e o aprendizado.
José Pastore, professor e pesquisador
"Um homem íntegro, um homem que enxergava a ética: a ética na politica, a ética na cultura. Ele era um homem impecável. Eu tive o privilégio de ter o apoio dele em momentos dramáticos e traumáticos na história do país. Vou sentir falta do dr. José Mindlin.
Eu me sentia tão pequeno quando me encontrava na biblioteca dele. Ele era um livro: a vida dele, a bondade, a delicadeza, a integridade... esses foram os capítulos do maior livro da biblioteca dele. O maior livro chama-se dr. José Mindlin.
Henri Sobel, rabino
"A gente passa, os livros ficam". Esta era uma das frases célebres de José Mindlin, um dos mais reconhecidos bibliófilos brasileiros que morreu hoje, aos 95 anos, em São Paulo.
Eder Medeiros/Folha Imagem
José Mindlin em foto de 2008; bibliófilo morreu na manhã de hoje em SP, aos 95 anos
Em entrevista à Folha em 2004, época em que lançava o livro "Memórias Esparsas de uma Biblioteca", Mindlin se definiu como um "compulsivo patológico" na arte de colecionar livros. Aos 13 anos, começou a formar a biblioteca que reuniu mais de 35 mil títulos ao longo dos anos em sua casa.
Questionado sobre se existia um livro preferido em meio a tantos que colecionava, Mindlin disse que uma das características da bibliofilia era a poligamia. "Não há como dizer prefiro este ou aquele", afirmou.
Entre os destaques da sua coleção particular estavam a versão original de "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, a primeira edição de "Os Lusíadas", de Camões, e outras primeiras edições, como as de "O Guarani", de José de Alencar, e "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo.
"Eu passei 15 anos atrás de um exemplar de 'O Guarani'. Soube que estava com um grego, mandei muitas cartas a ele, que nunca respondia. Estava em Paris quando um livreiro me disse que estava com esse grego. Depois de muitas idas e vindas, o livro está comigo", disse em 2004.
Conservação
José Mindlin tinha técnicas específicas para conservar seus livros, entre elas o cuidado para o ambiente não receber muita luz e a limpeza diária dos exemplares. "Estante fechada é coisa do passado", afirmou à Folha.
Morre aos 95 o bibliófilo José Mindlin
Morreu na manhã deste domingo, em São Paulo, o bibliófilo José Mindlin. Ele tinha 95 anos e estava internado há cerca de um mês no hospital Albert Einstein. A morte foi causada por falência múltipla de órgãos.
Veja imagens do bibliófilo José Mindlin
Veja repercussão da morte do bibliófilo José Mindlin
Apaixonado por livros, Mindlin começou sua biblioteca aos 13 anos
Mindlin doou cerca de 40 mil volumes para biblioteca na USP
Eder Medeiros/Folha Imagem
José Mindlin em foto de 2008; bibliófilo morreu na manhã de hoje em SP, aos 95 anos
O corpo do bibliógrafo está sendo velado no hospital e o enterro está marcado para as 15h no Cemitério Israelita.
Em 2006, Mindlin entrou para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira número 29, antes pertencente ao historiador e escritor Josué Montello.
José Ephim Mindlin nasceu em São Paulo em 8 de setembro de 1914. Formou-se em Direito em 1936, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Advogou até 1950, quando foi um dos fundadores e presidente da empresa Metal Leve S/A, empresa pioneira em pesquisa e desenvolvimento tecnológico próprio no seu campo de atuação. Em sua atividade empresarial desenvolveu grande esforço em prol do avanço tecnológico brasileiro e no processo de exportação de produtos manufaturados brasileiros.
Mindlin foi dono de uma das mais importantes bibliotecas privadas do país, que começou a formar aos 13 anos e, no ano passado, doou cerca de 45 mil volumes, entre coleções e folhetos, para a Brasiliana USP, no campus da universidade, em São Paulo.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
ASSALTO NA CASA DE SÍLVIO SANTOS
Quatro homens invadiram na noite deste sábado, 13, a residência do empresário Silvio Santos, no Morumbi, zona sul de São Paulo, levando objetos, segundo informações inicias da Polícia Militar. Os bandidos entraram na casa vizinha, na Rua Antônio de Andrade Rabelo, no Morumbi, por volta das 22h15, e pularam o muro, invadindo a casa do empresário. Apenas o genro de Silvio Santos estava no local. De acordo com policiais da 89ª DP, onde o caso foi registrado pelo copeiro da casa, ninguém ficou ferido ou foi preso. Quando policiais militares chegaram ao local, os assaltantes já haviam fugido. Ainda não foi divulgada a relação dos objetos roubados da residência. Redação CORREIO Assaltantes invadiram a casa do apresentador Silvio Santos, localizada no Morumbi, bairro de alto-padrão na Zona Sul de São Paulo, e fizeram reféns durante a noite de carnaval. De acordo com a Polícia Civil, quatro criminosos armados entraram na residência, por volta das 22h15 de sábado (13). A filha e o genro do apresentador e dono do SBT estavam no imóvel. Segundo o G1, o delegado Paulo Françolin Jr., informou que os bandidos fizeram quatro pessoas reféns. O delegado, no entanto, não informou o nome das vítimas. A casa é a mesma onde Silvio Santos e uma de suas filhas haviam sido feitos reféns em 2001 por um sequestrador. De acordo com o Folha Online, o apresentador não estava na casa. Um copeiro da casa contou à polícia que chegava ao imóvel quando duas pessoas, pelo menos uma delas armada, renderam-no e exigiram que ele ficasse na guarita. Os criminosos amarraram e trancaram as quatro pessoas que estavam no interior da casa num dos cômodos. Para a polícia, o copeiro disse que os criminosos queriam informações sobre um cofre, que ele informou não ter conhecimento. Os criminosos fugiram com o carro que estava na garagem do imóvel. A PM achou o veículo, que estava abandonado na região, e o devolveu ao copeiro. Imagens do circuito interno de monitoramento de câmeras de segurança teriam gravado a ação. As gravações devem ser analisadas pela polícia para tentar ajudar a identificar e prender o bando. Assessoria Porém, procurada pela reportagem, a gerente de comunicação do SBT, Maísa Alves, negou a informação de que a filha de Silvio Santos tenha sido vítima de roubo. Ela ainda disse que nenhum imóvel da família do apresentador foi invadido e que Silvio Santos não está no país. Leia mais notícias de Brasil TATIANA RESENDE da Folha Online DANIEL RONCAGLIA colaboração para a Folha Online Quatro homens armados invadiram por volta da meia-noite de sábado a casa do apresentador Silvio Santos no bairro do Morumbi, em São Paulo. Uma das filhas do apresentador, o genro e um copeiro foram trancados em um quarto. Ninguém foi preso. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, mas a assessoria do SBT nega. O apresentador não estava em casa. A Folha Online apurou que Silvio Santos está nos Estados Unidos e só retorna ao Brasil no dia 22. Polícia diz que casa de Silvio foi invadida; SBT nega Relembre o sequestro da filha de Silvio, em 2001 Leia mais notícias sobre Silvio Santos Um carro modelo Tucson foi roubado. Segundo o delegado Paulo Françolin Júnior, do 89º Distrito Policial, que investiga o caso, o carro já foi encontrado e está sendo periciado. O roubo foi registrado pelo copeiro. Ele não soube informar por quanto tempo ocorreu a ação. Os suspeitos entraram na casa vizinha, na Rua Antônio de Andrade Rabelo, no Morumbi, e pularam o muro, invadindo a casa do apresentador, segundo o copeiro. Ele diz que os homens procuravam um cofre. O segurança ficou rendido na guarita por um dos suspeitos. A polícia investiga o caso como roubo e não como sequestro. Os homens foram filmados pelo circuito de segurança. As imagens serão analisadas para ajudar na identificação dos homens. Caio Guatelli/Folha Imagem Silvio Santos depois do sequestro de Patrícia Abravel (foto) na casa no Morumbi em 2001 Sequestro Em 22 de agosto de 2001, a filha do apresentador Patrícia Abravanel foi sequestrada quando se preparava para sair da casa no Morumbi. Ela foi dominada e levada em seu próprio carro, um Passat alemão blindado, e libertada somente sete dias depois após pagamento do resgate. Ela voltou para a casa dirigindo seu carro. No dia seguinte, a polícia descobriu que o mentor do sequestro, Fernando Dutra Pinto, estava hospedado com nome falso em flat em Barueri, na Grande São Paulo. À noite ele escapa do cerco. Dois policiais são mortos no flat. O crime é atribuído a Dutra Pinto. Na manhã do dia 30, o sequestrador invadiu a casa de Silvio Santos. A mulher e suas filhas foram libertadas, mas o apresentador foi mantido refém. O então governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o então secretário da Segurança Pública Marco Vinício Petrelluzzi estiveram na casa. Sete horas depois, o sequestrador se rendeu. Em janeiro de 2002, Dutra Pinto foi encontrado morto no ambulatório do CDP (Centro de Detenção Provisória), no Belém, em São Paulo. Ele morreu devido a uma infecção generalizada, causada por um ferimento profundo nas costas. Relatório elaborado pela ONG Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos apontou que o sequestrador morreu em consequência de tortura e negligência.
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